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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SAMBA PARA NOEL



Pensava eu, ao voltar do trabalho, em Paulinho da Viola. Nem lembro bem por que, mas  Paulinho sempre aparece do nada. Uma melodia triste se fez presente e os dedos batucaram sem  saber como, mas insistiram. Junto surgiu o primeiro verso, a sofreguidão, e a Paulinho juntou-se  Noel. Novos versos surgiram e Paulinho se foi como veio, mas ficou Noel lá no inconsciente falando do seu Último Desejo. Cheguei em casa e logo esqueci a melodia e os versos não eram como ela desejava. Talvez por isto ela escondeu-se até hoje, quando, também na volta do trabalho, trouxe consigo os versos  substitutos que acho que cabem como uma singela homenagem ao poeta popular da Vila Isabel.

DOCE COMO FEL
O meu coração
Não é de papel
É sofreguidão
Como o de Noel
Em seu desejo
Antes lá do céu.

Vem me dá um beijo
Doce como fel
Último Desejo
Deste pobre réu
Que em seu lampejo
No final cruel
Lembrou do gracejo
Do mestre Noel,
Lembrou do gracejo
Do doutor Noel.
Último Desejo
Vila Isabel.

 Lembrando do mestre: