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terça-feira, 28 de abril de 2015

LABIRINTO

Não, não acho há saída
imperativamente
todos os caminhos
todas as estradas
todos os rios
tudo
me arrasta 

para dentro mim
não há saída
Rio, 28 de abri de 2015 (2 h e 3m)

terça-feira, 7 de abril de 2015

Poema Inércia de Jorge Willian - Música de Gílber Martins


Gilber deu ao texto uma marca sonora que eu não esperava. Gostei muito do resultado da junção melodia-poema, inclusive porque, ao declamá-lo em sua interpretação, Gilber mantém o  poema como um chamado à leitura e, ao musicá-lo e cantá-lo, nos mostra outros caminhos para o fato poético, o da "asa ritmada".



INÉRCIA


Não há serenata
o violão faltou ao encontro
a janela não se abriu
não brilharam as estrelas
e nem o luar iluminou
a tarde não partiu
e a noite não veio.
O tempo parou
a vida junto estagnou
a inércia do não movimento
emprenhou os espaços.
Tudo porque a morena
a linda morena
a bela morena
a morena
ainda não sorriu.