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terça-feira, 7 de abril de 2015

Poema Inércia de Jorge Willian - Música de Gílber Martins


Gilber deu ao texto uma marca sonora que eu não esperava. Gostei muito do resultado da junção melodia-poema, inclusive porque, ao declamá-lo em sua interpretação, Gilber mantém o  poema como um chamado à leitura e, ao musicá-lo e cantá-lo, nos mostra outros caminhos para o fato poético, o da "asa ritmada".



INÉRCIA


Não há serenata
o violão faltou ao encontro
a janela não se abriu
não brilharam as estrelas
e nem o luar iluminou
a tarde não partiu
e a noite não veio.
O tempo parou
a vida junto estagnou
a inércia do não movimento
emprenhou os espaços.
Tudo porque a morena
a linda morena
a bela morena
a morena
ainda não sorriu.

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